60º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

28 de Abril de 2023

60º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

Entre os dias 19 e 28 de abril, aconteceu em Aparecida-SP, a 60ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Com uma programação intensa, a Assembleia foi sustentada por momentos de retiro espiritual, oração, missa e devocionais durante os 10 dias que mais de 300 bispos, arcebispos e cardeais de todas as 279 circunscrições eclesiásticas do país estiveram reunidos.

O encontro do episcopado brasileiro, segundo o portal da CNBB, contou com 22 sessões ao longo das duas semanas, para refletir, rezar e definir questões importantes da Igreja no Brasil. O tema central da 60º Assembleia é “Avaliação Global da Caminhada da CNBB”, contando também com outros seis temas prioritários: Doutrina da Fé, Liturgia, Regimento da CNBB, Relatório do Quadriênio, Relatório Econômico e Textos Litúrgicos. Além disso, outros 15 temas foram debatidos, como Acordo Brasil-Santa Sé, Análise de Conjuntura Social e Eclesial, Gestão e Campanha da Fraternidade.

A primeira Celebração Eucarística da 60ª AG da CNBB ficou marcada pelo início do uso de textos da nova atualização brasileira do Missal Romano, aprovada pela Santa Sé, que chegará para todo território nacional até o Primeiro Domingo do Advento (03/12), quando passará a ser obrigatório o seu uso.

No segundo dia de assembleia, foi tratado sobre as atualizações do regimento interno da entidade, que vem sendo realizado desde a aprovação do estatuto da CNBB, em dezembro de 2022. O terceiro dia da assembleia foi dedicada às avaliações das atualizações realizadas no regimento interno da CNBB.

Durante a 60ª Assembleia Geral dos Bispos, um evento que marcou foi a eleição dos quatro membros da presidência, dos 12 presidentes das comissões episcopais permanentes, dos dois representantes da CNBB no Conselho Episcopal Latino-Americano e Caribenho (CELAM), um titular e suplente, e dos dois bispos que participarão da assembleia do Sínodo sobre a Sinodalidade, em Roma. Todas as funções terão serão por um quadriênio (2023-2027).

Na primeira votação foi eleito o arcebispo de Porto Alegre-RS, dom Jaime Spengler, como presidente. A presidência foi completada com a eleição dos demais membros: dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo de Goiânia-GO (primeiro vice-presidente); dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa, bispo de Garanhuns-PE (segundo vice-presidente); e dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande-RS (secretário-geral da entidade).

Para as 12 Comissões Episcopais Pastorais, que são responsáveis em promovem a pastoral orgânica nacional, com suas dimensões globais e setores especializados, e que também responde pelo estudo, proposta e animação dos programas e projetos de seu âmbito de atribuições, foram eleitos novos presidentes: dom Maurício da Silva Jardim (Ação Missionária); dom Leomar Antônio Brustolin (Animação Bíblico-Catequética); dom Joel Portella Amado (Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé); dom José Valdeci Santos Mendes (Comissão Episcopal para a Ação Sociotranformadora); dom Hernaldo Pinto Farias (Comissão para a Liturgia); dom Ângelo Ademir Mezzari (Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada); dom Giovane Pereira de Melo (Comissão Episcopal para o Laicato); dom Vilsom Basso (Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude); dom Teodoro Mendes Tavares (Comissão para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso); dom Gregório Paixão (Comissão Cultura e a Educação); dom Valdir José de Castro (Comissão Episcopal para a Comunicação); e dom Bruno Elizeu Versari (Comissão Episcopal da Vida e Família).

Entre as nomeações, muito enriquece nossa diocese a escolha de dom Bruno para a Comissão da Vida e Família. Dom Bruno já era membro da Comissão Nacional, e até início desse ano era bispo referencial da Pastoral Familiar da CNBB - Regional Sul 2.

Logo que saiu o resultado da votação, foi perguntado ao bispo, como de praxe, se o mesmo aceitava o ofício confiado pelo episcopado brasileiro. Dom Bruno subiu ao tribunal e respondeu: “Eu agradeço os votos, espero corresponder e digo sim!

A Comissão Episcopal para a Vida e a Família tem como atribuição promover e defender a vida em todas as suas etapas e dimensões e os valores da pessoa, do matrimônio e da família. Ela também é a responsável pela organização e estrutura da Pastoral Familiar no Brasil. E nesses anos, como bem lembrou dom Bruno, tem a missão de tornar viva a Exortação Apostólica do Papa Francisco, Amori Laetitia.

Em seu primeiro pronunciamento, dom Bruno agradeceu a confiança dos bispos e disse que “é sempre um desafio servir a Deus juntos as famílias”, e acrescentou:Eu tenho noção do desafio que é esta comissão porque eu vinha junto com o dom Ricardo, com o padre Crispim e dom Armando, fazendo parte da Comissão, e agora fui eleito para conduzir esse serviço. Então eu encaro com espírito de serviço a Igreja junto às famílias do Brasil.”

Dom Bruno ainda disse que “com tantos desafios que temos, vamos construindo caminhos. Nós estamos no Ano Vocacional. Vocação que nasce na família, vocação que se constrói dentro da família, certamente torna a pessoa feliz, e quando a família vai bem, a vocação é acertada. A gente fala assim, quando a vocação é acertada é pessoa feliz. E a família quando apoia, acolhe, ajuda, a pessoa vai bem na fé e na sociedade também”.

No oitavo dia da Assembleia, o episcopado brasileiro aprovou por unanimidade o novo regimento que foi promulgado com data de 26 de abril como documento oficial da CNBB.

As demais nomeações aconteceram no final da Assembleia, quando foi eleito o arcebispo de Brasília-DF, cardeal Paulo Cezar Costa, como o representante brasileiro no CELAM e dom Joel Portella Amado como suplente.