11 de Stembro de 2023

"Dízimo e Oferta"

Durante este mês de setembro, em nossa diocese, assumimos o compromisso de promover a conscientização dos fiéis sobre o dízimo. Esse assunto é sempre um grande desafio, pois o povo paga tanto imposto que quando se fala em dízimo o primeiro pensamento é de cobrança, e a Igreja não faz cobrança.

O dízimo é espontâneo, deve ser fruto de conversão, de amor a Deus e aos irmãos. O dízimo é sinal de gratidão por tudo o que Deus me dá. É um compromisso de fé, uma obrigação de todos os cristãos. Muitos preferem fazer ofertas. A oferta, porém, é espontânea, gratidão por algum fato ocorrido durante a semana. Tanto o dízimo como a oferta, entregues na igreja, deve contribuir para sua principal missão, evangelizar. Anunciar o Evangelho para todos os povos.

Faço a seguir uma breve distinção para ajudar você a compreender melhor o que é dízimo e o que é oferta

 DÍZIMO

“O Dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume corresponsavelmente sua sustentação e a da Igreja. Ele pressupõe pessoas evangelizadas e comprometidas com a evangelização” (CNBB, Doc. 106, n. 6).

É uma forma concreta que o cristão tem de manifestar sua fé em Deus e seu amor ao próximo, pois deve ser, preferencialmente, por meio do dízimo que a Igreja se mantenha em atividade, sustente seus trabalhos de evangelização e realize as obras de caridade e assistência aos menos favorecidos.

Dízimo é a demonstração de gratidão e reconhecimento a Deus por tudo o que recebemos. É a devolução a Deus de um pouquinho de tudo o que Ele nos dá.

Dízimo é partilha que gera fraternidade, união e solidariedade. É o compromisso de cada cristão para, em comunidade, colaborar com o projeto divino neste mundo.

OFERTAS

As ofertas são espontâneas, estão sempre relacionadas a um acontecimento, um fato, a uma explosão de alegria.

No Antigo Testamento, Deus determinou a seu povo: “não aparecerão diante do Senhor com as mãos vazias. Cada um dará segundo o que tiver em proporção das bênçãos que o Senhor, teu Deus, lhe tiver dado” (Deuteronômio 16,17).

Nossas ofertas são sinais de bênçãos de Deus em nossas vidas; elas são dadas na mesma medida em que reconhecemos ter recebido. Por isso, se justifica a oferta na procissão dos dons na hora da celebração.

Quem contribui com o dízimo e com as ofertas, deve sempre ter em mente os reservatórios do céu se abrindo em chuvas de bênçãos. Pensar assim significa exercitar a fé no poder da Palavra, reconhecendo que Deus sempre é fiel em suas promessas: "Honra ao Senhor com teus haveres, e com as primícias de todas as tuas colheitas: então teus celeiros se abarrotarão de trigo e teus lagares transbordarão de vinho" (Provérbios 3,9-10O dízimo e as ofertas doados com generosidade atraem bênçãos de prosperidade. “Faze todas as tuas oferendas com um rosto alegre, consagra os dízimos com alegria. Pois o Senhor retribui a dádiva; recompensar-te-á tudo sete vezes mais” (Eclesiástico 35,11.13). “Fazei a experiência comigo, diz o Senhor dos exércitos, e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo as minhas bênçãos sobre vós muito além do necessário” (Malaquias 3,10b).

Tanto o dízimo como as ofertas devem manifestar a alegria e o reconhecimento por tudo o que Deus tem feito em nosso favor.  Toda pessoa temente a Deus deve manifestar a sua fé num gesto concreto, participando das ofertas e do dízimo. Não é possível mais pensar em um católico evangelizado que não seja dizimista.

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